O silêncio 8 - Autores | Poesias e Mensagens Virtuais

O silêncio 8

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Categoria: Autores
O silêncio
Paulo Roberto Gaefke

Aprende com o silêncio a ouvir os sons interiores da sua alma,
a calar-se nas discussões e assim evitar tragédias e desafetos,
aprende com o silêncio a respeitar a opinião dos outros, por mais contrária
que seja da sua,
aprende com o silêncio a aceitar alguns fatos que você provocou,
a ser humilde deixando o orgulho gritar lá fora.

Aprende com o silêncio a reparar nas coisas mais simples,
valorizar o que é belo, ouvir o que faz algum sentido,
evitar reclamações vazias e sem sentido,
aprende com o silêncio que a solidão não é o pior castigo,
existem companhias bem piores....

Aprende com o silêncio que a vida é boa, que nós só precisamos
olhar para o lado certo, ouvir a música certa, ler o livro certo,
que pode ser qualquer livro, desde que você o leia até o fim.

Aprende com o silêncio que tudo tem um ciclo,
como as marés que insistem em ir e voltar,
os pássaros que migram e voltam ao mesmo lugar,
como a Terra que faz a volta completa sobre o seu próprio eixo,
complete a sua tarefa.

Aprende com o silêncio a respeitar a sua vida, valorizar o seu dia,
enxergar em você as qualidades que possui,
equilibrar os defeitos que você tem e sabe que precisa corrigir
e enxergar aqueles que você ainda não descobriu .

Aprende com o silêncio a relaxar, mesmo no pior trânsito, na maior
das cobranças, na briga mais acalorada, na discussão entre familiares,
aprende com o silêncio a respeitar o seu "eu",
a valorizar o ser humano que você é,
a respeitar o Templo que é o seu corpo,
e o santuário que é a sua vida.

Aprende hoje com o silêncio, que gritar não traz respeito,
que ouvir ainda é melhor que muito falar, e em respeito a você,
eu me calo, me silencio, para que você possa ouvir o seu interior que quer
lhe falar,
desejar-lhe um dia vitorioso e confirmar que você é especial.

Eu acredito em você!

Te esquecer

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Te esquecer
AnaNeckel

Agora que está tudo dito e feito,
Não consigo acreditar que você foi a única
A me construir e depois me destruir,
Como uma casa velha e abandonada.
O que você disse quando partiu
Me deixou com frio e sem fôlego,
Eu caí tão fundo, foi bem intenso.
Acho que deixei você ter o que eu tinha de melhor...

Bem, nunca pensei que chegaríamos a esse ponto
Deveria ter fugido
Há muito, muito tempo atrás!
Nunca pensei que duvidaria de você,
Estou melhor sem você
Mais do que você, mais do que você sabe
Devagar estou encerrando isto.
Acho que realmente acabou.
Estou finalmente ficando melhor.
Agora estou juntando os pedaços,
Estou passando todos esses anos
Colocando meu coração de volta no lugar.
Por que o dia que eu achei que eu nunca superaria
Começo a te esquecer

Você destruiu essas paredes,
Arrastou as memórias corredor a fora,
Pegou suas coisas e partiu...
Não havia nada que eu poderia dizer.
E quando você fechou a porta da frente,
Muitas outras se abriram,
Assim como meus olhos, então consegui enxergar,
Começo a perceber que talvez você nunca foi o melhor para mim!

Over You
Daughtry

Eu, modo de usar...

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Eu, modo de usar...
AnaNeckel

Pode invadir ou chegar com delicadeza, mas não tão devagar que me faça dormir. Não grite comigo, tenho o péssimo hábito de revidar. Acordo pela manhã com ótimo humor mas ... permita que eu escove os dentes primeiro. Toque muito em mim, principalmente nos cabelos e minta sobre minha nocauteante beleza. Tenho vida própria, me faça sentir saudades, conte algumas coisas que me façam rir, mas não conte piadas e nem seja preconceituoso, não perca tempo, cultivando este tipo de herança de seus pais. Viaje antes de me conhecer, sofra antes de mim para reconhecer-me um porto, um albergue da juventude. Eu saio em conta, você não gastará muito comigo. Acredite nas verdades que digo e também nas mentiras, elas serão raras e sempre por uma boa causa. Respeite meu choro, me deixe sózinha, só volte quando eu chamar e, não me obedeça sempre que eu também gosto de ser contrariada. ( Então fique comigo quando eu chorar, combinado?). Seja mais forte que eu e menos altruísta! Não se vista tão bem... gosto de camisa para fora da calça, gosto de braços, gosto de pernas e muito de pescoço. Reverenciarei tudo em você que estiver a meu gosto: boca, cabelos, os pelos do peito e um joelho esfolado, você tem que se esfolar as vezes, mesmo na sua idade. Leia, escolha seus próprios livros, releia-os. Odeie a vida doméstica e os agitos noturnos. Seja um pouco caseiro e um pouco da vida, não de boate que isto é coisa de gente triste. Não seja escravo da televisão, nem xiita contra. Nem escravo meu, nem filho meu, nem meu pai. Escolha um papel para você que ainda não tenha sido preenchido e o invente muitas vezes.

Me enlouqueça uma vez por mês mas, me faça uma louca boa, uma louca que ache graça em tudo que rime com louca: loba, boba, rouca, boca ... Goste de música e de sexo. goste de um esporte não muito banal. Não invente de querer muitos filhos, me carregar pra a missa, apresentar sua familia... isso a gente vê depois ... se calhar ... Deixa eu dirigir o seu carro, que você adora. Quero ver você nervoso, inquieto, olhe para outras mulheres, tenha amigos e digam muitas bobagens juntos. Não me conte seus segredos ... me faça massagem nas costas. Não fume, beba, chore, eleja algumas contravenções. Me rapte! Se nada disso funcionar ...  experimente me amar!
Martha Medeiros

(Mas como nada disso me importa ,só tua presença importa...   experimente me amar!)

Pra te fazer lembrar

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Pra te fazer lembrar
Lucas Lucco

Tá tão difícil pra você também, né?
Com o coração vazio, mas sempre de pé
Buscando alguma direção
Quantas vezes você me escreveu e não mandou
Pegou o telefone e não ligou
Partiu seu próprio coração
Eu tenho uma má notícia pra te dar
Isso não vai passar tão cedo, não adianta esperar
Às vezes ficamos bem, mas depois vem o desespero
Eu tento esconder, mas vi que pensei em você o dia inteiro

Mas sempre haverá uma data, palavra, um olhar
Um filme, uma música, pra te fazer lembrar
Um perfume, um abraço, um sorriso só pra atrapalhar
Só pra te fazer lembrar de mim

Tá tão difícil pra você também, né?
Com o coração vazio, mas sempre de pé
Buscando alguma direção
Quantas vezes você me escreveu e não mandou
Pegou o telefone e não ligou
Partiu seu próprio coração
Eu tenho uma má notícia pra te dar
Isso não vai passar tão cedo, não adianta esperar
Às vezes ficamos bem, mas depois vem o desespero
Eu tento esconder, mas vi que pensei em você o dia inteiro

Mas sempre haverá uma data, palavra, um olhar
Um filme, uma música, pra te fazer lembrar
Um perfume, um abraço, um sorriso só pra atrapalhar
Só pra te fazer.. mas sempre haverá uma data, palavra, um olhar
Um filme, uma música, pra te fazer lembrar
Um perfume, um abraço, um sorriso só pra atrapalhar
Só pra te fazer lembrar de mim
Só pra te fazer lembrar de mim

Mas sempre haverá uma data, palavra, um olhar
Um filme, uma música, pra te fazer lembrar
Um perfume, um abraço, um sorriso só pra atrapalhar
Só pra te fazer lembrar de mim
Só pra te fazer lembrar de mim
Só pra te fazer lembrar de mim.

Nossa mestra

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Nossa mestra
Antônio Cândido Barone

Ó colegas, vamos todos
Neste dia festejar
A princesa desta escola
Que alegra nosso olhar.

E quem é essa criatura?
- Você nunca ouviu falar?!
É a nossa professora
Que nos vem sempre ensinar!

Hoje também é seu dia:
Vai a nossa saudação,
Mil beijinhos de amizade
Saídos do coração.

Salve, salve a professora,
- esperança que conduz
a criança ao porvir,
linda estrela e nossa luz!

Minha essência

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Minha essência

EU SOU.
Eu sou a razão do meu coração, procurando solução.
Eu sou um coração sem razão, que se perde na solidão.
Eu sou a lágrima da chuva, que molha meus sentimentos.
Eu sou âncora quebrada, que aqui jaz naufragada.
Eu sou moinho dos ventos, que leva embora os pensamentos.
Eu sou natureza em festa, que sopra os ventos da floresta.
Eu sou chama incandescente, aquela que foge das enchentes.
Eu sou as dores do mundo, que sofre sem sentir dor.
Eu sou viajante do tempo, buscando conhecimento.
Eu sou como pássaro errante, buscando alguém distante.
Eu sou morte e eu sou vida, como a flor que foi colhida.
Eu sou pergunta sem resposta, nas páginas que escrevi.
Eu sou passagem secreta, que ainda não foi descoberta.
Eu sou montanha encantada, por ter sido enfeitiçada.
Eu sou uma doce canção, em busca do seu refrão.
Eu sou o mar do deserto, na seca do meu sertão.
Eu sou como folha morta, que cai da árvore ao chão.
Eu sou estrada da vida, sem rumo e sem direção.
Eu sou cristal delicado, que não pode ser quebrado. 

Um amor verdadeiro

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Um amor verdadeiro

A mulher serve de espelho ao homem para ele ver o que suas atitudes geram. Do amor intenso ao ódio imenso, a mulher se torna uma caixa de mistérios que poucos homens sabem entender e decifrar. Ela possui um poder mágico de encantar o homem, sem que este saiba o porquê.
Essa mulher, vive mil vezes mais intensamente que o homem e quer sempre sair vencedora. Quer estar antes de ontem, depois de amanhã e sempre que puder com um alguém. Ela que muitas vezes desconhece a palavra gratidão, apesar dos seus atos. Ser mulher é um estado de espírito, ter dentro de si um tesouro escondido e ainda assim dividi-lo.
A mulher pensa com a razão, que às vezes se perde; age pela emoção, que às vezes se engana; vive com o coração, que às vezes se parte. A mulher vive para si, mas não é suficiente. Ela quer mais. E quem pode culpá-la? Vive várias emoções em instantes que transmite em apenas um olhar.
A mulher é uma deusa que usa um sutiã velho, esconde a barriga com o braço pra foto, come uma barra de chocolate inteira e espera uma mensagem para dormir sorrindo. Ela é uma louca que ri alto, coloca a culpa de tudo em você, se acha gorda, conta segredos para um gato ou cachorro e pergunta quem é aquela vadia. Ela é uma feiticeira que encanta com sorriso, agrada com carinho e surpreende com amor. A mulher é tudo isso: defeitos e perfeições imperfeitas. Algo que um homem nunca vai entender por completo, mas que gosta de ter para se sentir inteiro.

Independência

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Independência
Antônio Cândido Barone


No dia sete de setembro
Jovem príncipe bradou:
Eia! “Independência ou Morte”
Ao Brasil que libertou.


Era na terra paulista.
Flores, campinas, pomares
E o cheiro das capoeiras
Vinha gostoso nos ares.


Junto ao riacho Ipiranga
A comitiva parou:
Com as notícias da Corte
Um emissário chegou.


Desse moço, o velho Reino
O regresso reclamava,
Mas com força brasileira
Seu coração palpitava.


Ergue a espada e, altaneiro,
Pela justiça e verdade
Dá ao povo brasileiro
O grito da Liberdade!

Primavera

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Primavera
Antônio Cândido Barone

Pelas grotas, pelas serras
A policromia das flores;
Os perfumes que se espalham
Pela brisa, nos verdores.

Pelos campos e campinas
Reverdece a natureza;
Tudo canta – é uma alegria
De manhã – quanta beleza!

Pelas matas, capoeiras,
A canção dos passarinhos
Vem saudar as madrugadas
Com amores nos seus ninhos.

Dos insetos, das abelhas
Há zumbidos pelos ares,
E há tanto mel nessas flores
Do arvoredo dos pomares...

E há tanto encanto nas coisas:
A bonança que se espera;
Tudo fica mais bonito
Quando chega a primavera!

Dia do soldado

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Dia do soldado
Antônio Cândido Barone


Criança do Brasil,
Um fato seja lembrado:
Vinte e cinco de agosto
É o “Dia do Soldado”.


O soldado brasileiro
Tem a fiel tradição:
Sempre alerta na caserna
E na guarda da nação.


De Caxias a homenagem
Seja prestada este dia,
Do Exército é o patrono
Que a nossa pátria alumia.


Sua espada é uma divisa
Que brilhou em Itororó,
Nosso Exército o seguiu,
O general não foi só...


Ao brado da Patriota
O batalhão atendeu,
Foi na marcha destemido
E na batalha venceu!


E na boca da criança
Surja este brado altaneiro:
Viva pra sempre Caxias
E o soldado brasileiro!

O bombeiro

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O bombeiro
Antônio Cândido Barone


É um soldado valente
E sua vida põe em jogo
Quando domina os incêndios,
Combatendo apaga o fogo.


Um clarão às vezes surge,
Noite escura iluminando:
Um fogaréu destruindo,
Uma casa se queimando.


Rodam carros colossais
Numa doida disparada,
Levam soldados do fogo
Que têm a vida arriscada.


E na luta desigual
São os titãs, os gigantes,
Que no fim de tanta luta
São vencedores, triunfantes!


Com altivez do guerreiro,
Sempre alerta noite e dia:
O bombeiro bem merece
Toda a nossa simpatia!

Treze de maio

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Treze de maio
Antônio Cândido Barone

No dia treze de maio
Assinou libertação,
A princesa que a uma raça
Libertou da escravidão.

Era o negro que sofria
Esse jugo tão servil;
Mas tornou-se o filho livre
Na grandeza do Brasil.

Raça negra bem merece
Toda a consideração:
Esse povo qual o branco
É também o nosso irmão.

Muitas vezes o menino
Que era branco, então mamou
O bom leite da africana
Que, feliz, o amamentou.

Estudando, trabalhando
Livre, o negro pela vida
Nunca esquece a Benfeitora,
A princesa destemida!

Mãezinha querida

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Mãezinha querida
Antônio Cândido Barone

Minha mãezinha querida,
És a jóia para mim,
Todo o encanto desta vida,
Um amor que não tem fim.

Minha mãe, quando desperto
Sinto o sol na minha fronte,
Tua imagem vejo perto,
Vejo em ti meu horizonte!

Minha mãe sempre a sorrir,
És a luz de um arrebol,
Tu me indicas o porvir:
Vejo em ti um outro sol.

Tua presença é uma esperança,
Um perfume igual a flor,
Meu destino de criança
É um sorriso em teu amor.

Por isso, dentro do lar
Teu encanto é harmonia;
És meu anjo tutelar
Que meus passos sempre guia.

Minha mãe, veneração
Que sempre tens merecido,
Recebes do coração
De teu filho agradecido.

Primeiro de maio

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Primeiro de maio
Antônio Cândido Barone

Salve Primeiro de Maio,
Do povo festa sagrada;
Da grandeza de um país
És um marco – uma alvorada!

Festa do trabalhador,
Do mundo inteiro querida:
Entre o trabalho e o amor
És a canção desta vida!

Salve o Primeiro de Maio
No mais límpido horizonte:
Ao trabalhador saudemos,
Beijando-lhe a austera fronte.

Fronte banhada em suor
É a dessa nobre criatura
Que, trabalhando com amor,
Traz-nos riqueza e fartura.

Ao irmão trabalhador
Nosso respeito profundo:
Sobre seus braços gigantes
Surge o progresso no mundo!

Salve! Tu és a esperança;
Salve, bendito este dia,
Que nele reine a bonança,
Paz no trabalho e harmonia!

Tiradentes

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Tiradentes
Antônio Cândido Barone

Tiradentes foi um homem
De vulto varonil,
Foi um grande brasileiro
Bem amigo do Brasil.

Ele amava a nossa pátria
Com o seu amor tão forte,
Que por ela deu a vida
E desprezou a morte.

Lá no céu, da eterna luz,
Vê passar nossa bandeira:
Ele pede ao bom Jesus
Pela terra brasileira!

Também pede a ti, criança,
- alma pura e juvenil,
que tu sejas a esperança
do nosso amado Brasil!

Índio brasileiro

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Índio brasileiro
Antônio Cândido Barone

Vivendo na selva
De arco na mão,
O índio valente
Campeia o sertão.

Borduna ou tacape
É seu armamento,
Sua voz é harmonia:
Linguagem do vento.

São penas douradas
Seu lindo cocar,
Erguido na fronte,
Altivo, sem par.

Parece um gigante.
É bravo guerreiro,
De arco na mão,
Astuto, ligeiro.

Sua raça enobrece,
É homem sensato,
Embora vivendo
Sua vida no mato.

Ele é nosso irmão,
O dono primeiro
Do mundo que é nosso
- o chão brasileiro!

Por isso merece
Amor, liberdade;
Também o respeito
E a nossa amizade.

Fundação de São Paulo

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Fundação de São Paulo
Antônio Cândido Barone


Vinte e cinco de janeiro
É a data da fundação
Do meu querido São Paulo
- linda jóia da nação.


Era então Piratininga,
No planalto a capoeira
- morada dos Guaianás,
tribo altiva e sobranceira.


Entre o Anhangabaú
E o Tamanduateí,
Anchieta disse aos amigos:
“Ficaremos por aqui...”


Padre Nóbrega apoiou
E os colegas consentiram.
Bem no alto do espigão
Uma escola construíram.


E então nasceu São Paulo
Entre o ensino e o labor:
Hoje a Terra Bandeirante
É trabalho, luz e amor.

Árvore

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Árvore
Antônio Cândido Barone

Uma árvore cortada,
Estendida sobre o chão,
Encerra tanta tristeza
Que nos punge o coração.

Por isso, meu caro amigo,
Cuidado pra não errar:
Antes de cortar a árvore
É preciso bem pensar...

Nunca derrubes a esmo:
É preciso compreender
Que a vida do arvoredo
É também o teu viver.

E se houver necessidade
De uma planta ser cortada,
Deixe outra em seu lugar:
Isto não te custa nada!

Todo o homem que plantar
Muitas árvores na vida
Tem a consciência tranqüila
De uma obrigação cumprida!

Por isso, meu caro irmão,
Ouve agora esta mensagem:
O arvoredo que plantaste
É tua glória na paisagem!

Brasil

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Brasil
Antônio Cândido Barone


Levante-se a minha voz
E todo o anseio infantil,
Glorificando a grandeza
Deste chão do meu Brasil.


Este povo que trabalha,
Do seu valor bem seguro,
Leva a riqueza e o progresso
Nos caminhos do futuro.


Há uma força que se estende
Por este Brasil inteiro:
É a nova aurora que surge
No horizonte brasileiro.


Vai de vitória em vitória
Nossa luta, com ardor,
Unindo toda esta gente
No batalhão do labor!


E na escola, acompanhando
Todo o esforça da nação,
A juventude, estudando,
Tem Brasil no coração.

O agricultor

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O agricultor
Antônio Cândido Barone

Ele está lavrando a terra
Com chuva, sol ou calor;
Nunca deixa a sua roça
Nosso irmão agricultor!

Empunhando a sua enxada
Vive sempre capinando;
A lavoura vai crescendo
Quando o chão vai cultivando.

E vem da terra bendita
Toda a fartura e grandeza;
Da umidade do suor
Há de brotar a riqueza.

Vem dali o alimento
Que surge do sacrifício
Vem dali todo o sustento
Através do benefício.

Quando passares na roça,
Vendo alguém a trabalhar,
Cumprimente-o com respeito
Sem receio de abraçar!

Pois dentro da natureza,
Esse alguém - rosto suado –
Confundindo-se na terra,
É por Deus abençoado!

Sogra querida

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Sogra querida
Poeta MBRA


Essa figura polêmica e popular,
Tem um dia especial,
Na vida familiar.
Numa aparência de contraversão,
Ditando seus palpites,
Numa relação.
Nesse conflito que existe,
Pela falta de entendimento.
Pelo respeito,
Ao espaço do momento.
Uma regra que deve ser estabelecida,
Com muita sutileza em sua vida.
Afinal sogra é parente,
Pra vida inteira.
Que continua nessa vida,
Passageira.
E nessa convivência,
Vou vivendo as evidências.
Estabelecendo limites,
Nessa amizade que consiste.
Deixando todos os preconceitos que existe.
Sendo uma aliada,
No caminho de minha jornada.
Sem contrariar a vida,
Por nada.
Sem criticar e ser convidada.
Sem esquecer,
Que também já foi nora.
Dando conselhos,
Do seu mundo de outrora.

Doces passarinhos

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Categoria: Autores
Doces passarinhos
Esther Ribeiro Gomes

Em cada manhã que nasce,
eles chegam no meu jardim
e vêm dar bom-dia para mim...
Ah, meus doces passarinhos,
teus carinhos alegram minh’alma!

São beija-flores, sabiás, bem-te-vis,
a voarem em frente à minha janela,
para me lembrar que a vida é bela!
Bem-te-vi, que bom te ver por aqui...
Lindo sabiá, quero ouvir teu gorjear,
enquanto os beija-flores bailam no ar!

Acalenta meu coração, essa encantada visão!
Ah, belos passarinhos bebendo água docinha
nos potinhos espalhados entre as árvores...
Às vezes brigam, levantando as asinhas,
mas logo encontram outro bebedouro...
Viver perto deles é meu maior tesouro!

Um pequeno passarinho de papo amarelo,
entra na cozinha e pousa na fruteira,
enquanto tomo café e agradeço a Jesus,
pela dádiva da natureza!
Ele me abençoa, me cobre de luz
e Seu amor me protege a vida inteira!

Aprendendo a viver 8

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Aprendendo a viver
Herman Melville

Aprendi que se aprende errando.
Que crescer não significa fazer aniversário.
Que o silêncio é a melhor resposta,quando se ouve uma bobagem.
Que trabalhar significa não só ganhar dinheiro.
Que amigos a gente conquista mostrando o que somos.
Que os verdadeiros amigos sempre ficam com você até o fim.
Que a maldade se esconde atrás de uma bela face.
Que não se espera a felicidade chegar,mas se procura por ela.
Que quando penso saber de tudo ainda não aprendi nada.
Que a Natureza é a coisa mais bela na Vida.
Que amar significa se dar por inteiro.
Que um só dia pode ser mais importante que muitos anos.
Que se pode conversar com estrelas.
Que se pode confessar com a Lua.
Que se pode viajar além do infinito.
Que ouvir uma palavra de carinho faz bem à saúde.
Que dar um carinho também faz...
Que sonhar é preciso.
Que se deve ser criança a vida toda.
Que nosso ser é livre.
Que Deus não proíbe nada em nome do amor.
Que o julgamento alheio não é importante.
Que o que realmente importa é a Paz interior.
Não podemos viver apenas para nós mesmos.
Mil fibras nos conectam com outras pessoas;
e por essas fibras
nossas ações vão como causas
e voltam pra nós como efeitos.

Sem sexo até 2012

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Categoria: Autores
Sem sexo até 2012
Luis Fernando Veríssimo

Eu nunca havia entendido porque as necessidades sexuais dos homens e das mulheres são tão diferentes.
Nunca tinha entendido isso de Marte e Vênus.
E nunca tinha entendido porque os homens pensam com a cabeça e as mulheres com o coração.

Uma noite, na semana passada, minha mulher e eu estávamos indo para a cama.
Bem, começamos a ficar a vontade, fazer carinhos, provocações, o maior TESÃOe, nesse momento, ela parou e me disse:
- Acho que agora não quero, só quero que você me abrace....

Eu falei: - O QUEEE???

Ela falou: - Você não sabe se conectar com as minhas necessidades emocionais como mulher.

Comecei a pensar no que podia ter falhado. No final, assumi que aquela noite não ia rolar nada, virei e dormi. No dia seguinte, fomos ao shopping.
Entramos em uma grande loja de departamentos. Fui dar uma volta enquanto ela experimentava três modelitos caríssimos. Como estava difícil escolher entre um ou outro, falei para comprar os três. Então, ela me falou que precisava de uns sapatos que combinassem a R$ 200,00 cada par. Respondi que tudo bem.
Depois fomos a seção de joalheria, onde gostou de uns brincos de diamantes e eu concordei que comprasse. Estava tão emocionada! Deveria estar pensando que fiquei louco. Acho até que estava me testando quando pediu uma raquete de tênis, porque nem tênis ela joga. Acredito que acabei com seus esquemas e paradigmas quando falei que sim. Ela estava quase excitada sexualmente depois de tudo isso. Vocês tinham que ver a carinha dela, toda feliz!

Quando ela falou: - Vamos passar no caixa para pagar, amor?

Daí eu disse: - Acho que agora não quero mais comprar tudo isso, meu bem...
Só quero que você me abrace. Ela ficou pálida. No momento em que começou a ficar com cara de querer me matar, falei: - Você não sabe se conectar com as minhas necessidades financeiras de homem....

Vinguei-me! Mas acredito que o sexo acabou pra mim até o Natal de 2012!

Ser pai 8

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Categoria: Autores
Ser pai
Arthur da Távola

Ser pai
é acima de tudo,
não esperar recompensas.
Mas ficar feliz caso e
quando cheguem.

É saber fazer o necessário
por cima e por dentro
da incompreensão.

É aprender a tolerância com
os demais e
exercitar a dura intolerância
(mas compreensão)
com os próprios erros.

Ser pai
é aprender errando,
a hora de falar e de calar.

É contentar-se em ser reserva,
coadjuvante,
deixado para depois.
Mas jamais falar no momento
preciso.

É ter a coragem de ir adiante,
tanto para a vida quanto
para a morte.

É viver as fraquezas que
depois corrigirá no filho,
fazendo-se forte em
nome dele e de tudo o que terá
de viver para compreender
e enfrentar.

Ser pai
é aprender a ser contestado
mesmo quando no auge
da lucidez.

É esperar.
É saber que experiência
só adianta para quem a tem,
e só se tem vivendo.

Portanto,
é aguentar a dor de ver
os filhos passarem
pelos sofrimentos necessários,
buscando protegê-los sem
que percebam,
para que consigam descobrir
os próprios caminhos.

Ser pai
é saber e calar.
Fazer e guardar.
Dizer e não insistir.
Falar e dizer.

Dosar e controlar-se.
Dirigir sem demonstrar.
É ver dor, sofrimento,
vício, queda e tocaia,
jamais transferindo aos
filhos o que,
a alma, lhe corrói.

Ser pai é ser bom
sem ser fraco.

É jamais transferir aos filhos
a quota de sua imperfeição,
o seu lado fraco,
desvalido e órfão.

Ser pai é aprender
a ser ultrapassado,
mesmo lutando para
se renovar.

É compreender sem demonstrar,
e esperar o tempo de colher,
ainda que não seja em vida.

Ser pai é aprender a
sufocar a necessidade de
afago e compreensão.

Mas ir às lágrimas
quando chegam.

Ser pai
é saber ir-se apagando
à medida em que mais nítido
se faz na personalidade do filho,
sempre como influência,
jamais como imposição.

É saber ser herói na infância,
exemplo na juventude
e amizade na idade adulta do filho.

É saber brincar e zangar-se.
É formar sem modelar,
ajudar sem cobrar,
ensinar sem o demonstrar,
sofrer sem contagiar,
amar sem receber.

Ser pai
é saber receber raiva,
incompreensão,
antagonismo,
atraso mental,
inveja,
projeção de sentimentos negativos,
ódios passageiros,
revolta,
desilusão e a tudo responder
com capacidade de prosseguir
sem ofender;
de insistir sem mediação,
certeza, porto, balanço,
arrimo, ponte,
mão que abre a gaiola,
amor que não prende,
fundamento, enigma,
pacificação.

Ser pai
é atingir o máximo
de angústia no máximo
de silêncio.

O máximo de convivência
no máximo de solidão.

É, enfim,
colher a vitória exatamente
quando percebe que o filho
a quem ajudou a crescer já,
dele,
não necessita para viver.

É quem se anula na obra
que realizou e sorri,
sereno,
por tudo haver feito
para deixar de ser
importante.

A pérola

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Cantinho:
Categoria: Autores
A pérola
Mahatma Gandhi

“Uma ostra que não foi ferida não produz pérolas”. As pérolas são uma ferida curada.

Pérolas são produto da dor, resultado da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia. A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas para proteger o corpo indefeso da ostra. Como resultado, uma linda pérola é formada.

Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada.

Você já se sentiu ferido pelas palavras rudes de um amigo?
Já foi acusado de ter dito coisas que não disse?
Suas idéias já foram rejeitadas?

Então produza uma pérola... cubra suas mágoas e as rejeições sofridas com camadas e camadas de amor. Lembre-se apenas de que uma ostra que não foi ferida, não produz pérolas, pois uma pérola é uma ferida cicatrizada.

Infelizmente, são poucas as pessoas que se interessam por esse tipo de movimento. A maioria aprende apenas a cultivar ressentimentos, deixando as feridas abertas, alimentando-as com vários tipos de sentimentos pequenos e, portanto, não permitindo que cicatrizem.

Assim, na prática, o que vemos são muitas "Ostras" Vazias, não porque não tenham sido feridas, mas porque não souberam perdoar, compreender e transformar a dor em amor.

Um sorriso fala mais que mil palavras...

Para pensar 6

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Categoria: Autores
Para pensar
Francisco Cândido Xavier

A sua irritação não solucionará problema algum...
As suas contrariedades não alteram a natureza das coisas...
Os seus desapontamentos não fazem o trabalho que só o tempo conseguirá realizar.
O seu mau humor não modifica a vida...
A sua dor não impedirá que o sol brilhe amanhã sobre os bons e os maus...
A sua tristeza não iluminará os caminhos...
O seu desânimo não edificará ninguém...
Suas lágrimas não substituem o suor que você deve verter em benefício da sua felicidade...
As suas reclamações, ainda mesmo afetivas, jamais acrescentarão nos outros um só grama de simpatia por você...
Não estrague o seu dia.
Aprenda a sabedoria divina,
A desculpar infinitamente, construindo e reconstruindo sempre...
Para o infinito bem!

O amor maduro

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Categoria: Autores
O amor maduro
Arthur da Távola

O amor maduro não é menor em intensidade.
Ele é apenas quase silencioso.
Não é menor em extensão.
É mais definido, colorido e poetizado.
Não carece de demonstrações:
presenteia com a verdade do sentimento.
Não precisa de presenças exigidas:
amplia-se com as ausências significantes.

O amor maduro tem e quer problemas,
sim, como tudo.
Mas vive dos problemas da felicidade.
Problemas da felicidade são formas trabalhosas
de construir o bem e o prazer.
Problemas da infelicidade não interessam
ao amor maduro.

Na felicidade está o encontro de peles,
o ficar com o gosto da boca e do cheiro,
está a compreensão antecipada, a adivinhação,
o presente de valor interior,
a emoção vivida em conjunto,
os discursos silenciosos da percepção,
o prazer de conviver,
o equilíbrio de carne e espírito.
Carne intensa, alegre, criança, redescobrimento
das melhores dimensões pessoais e alma refeita,
abastecida de todas as proteções necessárias,
um enorme empório de afinidades acima e além
de meras concordâncias intelectuais.
Os problemas daí derivados
são os problemas da felicidade.
Problemas, sim, alguns graves.
Mas estalantes de um sentimento bom.

Na infelicidade está a agressão, o desamor,
o não conseguir, a rejeição, a dor, o cansaço,
a troca com perda, a obrigação, o tédio, o desencontro, o insulto, o ciúme machucante,
as futricas de família,
as peles se eriçando e os toques que dão susto.
Os problemas da infelicidade não devem ser
trazidos para a trama do amor maduro.
O amor maduro é sólido e definido.
Mas estranhamente se recolhe quando
invadido pelos problemas
da infelicidade que fazem a glória
do amor imaturo.
Acaba acabando.

O amor maduro não disputa, não cobra,
pouco pergunta, menos quer saber.
Teme, sim.
Porém não faz do temor argumento.
Basta-se com a própria existência.
Alimenta-se do instante presente valorizado e importante porque redentor de todos
os equívocos do passado.
O amor maduro é a regeneração de cada erro.
Ele é filho da capacidade de crer e continuar.
É o sentimento que se manteve mais forte
depois de todas as ameaças,
guerras ou inundações existenciais com
epidemias de ciúme, controle ou agressividade.

O amor maduro é a valorização do melhor
do outro e a relação com a parte
salva de cada pessoa.
Ele vive do que não morreu mesmo
tendo ficado para depois.
Vive do que fermentou criando dimensões novas
para sentimentos antigos,
jardins abandonados cheios de sementes.
Ele não pede, tem.
Não reivindica, consegue.
Não persegue, recebe.
Não exige, dá.
Não pergunta, adivinha.
Existe, para fazer feliz.
Só teme o que cansa, machuca ou desgasta.

O amor maduro não precisa de armaduras, coices, cargos,iluminuras, enfeites, papel de presente, flâmulas, hinos, discursos ou medalhas:
vive de uma percepção tranquila
da essência do outro.
Deixa escapar a carência
sem que pareça paupérrima.
Demonstra a necessidade sem que pareça voraz. Define uma dependência
sem que se manifeste humilhante.

O amor maduro cresce na verdade e se
esconde a cada auto-ilusão.
Basta-se com o todo do pouco.
Não precisa nem quer nada do muito.
Está relacionado com a vida e sua incompletude,
por isso é pleno em cada ninharia por ela transformada em paraíso.
É feito de compreensão, música e mistério.
É a forma sublime de ser adulto e a forma
adulta de ser sublime e criança.

É o sol de outono: nitido, mas doce.
Luminoso, sem ofuscar.
Suave, mas definido. Discreto mas certo.
Um sol, que aquece até queimar.

Um homem inteligente falando das mulheres

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Categoria: Autores
   Um homem inteligente falando das mulheres
Luiz Fernando Veríssimo

O desrespeito à natureza tem afetado a sobrevivência de vários seres e entre os mais ameaçados está a fêmea da espécie humana.
Tenho apenas um exemplar em casa,que mantenho com muito zelo e dedicação, mas na verdade acredito que é ela quem me mantém. Portanto, por uma questão de auto-sobrevivência, lanço a campanha Salvem as Mulheres!
Tomem aqui os meus poucos conhecimentos em fisiologia da feminilidade a fim de que preservemos os raros e preciosos exemplares que ainda restam:
Habitat
Mulher não pode ser mantida em cativeiro. Se for engaiolada, fugirá ou morrerá por dentro. Não há corrente que as prenda e as que se submetem à jaula perdem o seu DNA. Você jamais terá a posse de uma mulher, o que vai prendê-la a você é uma linha frágil que precisa ser reforçada diariamente.
Alimentação correta
Ninguém vive de vento. Mulher vive de carinho. Dê-lhe em abundância. É coisa de homem, sim, e se ela não receber de você vai pegar de outro. Beijos matinais e um eu te amo’ no café da manhã as mantém viçosas e perfumadas durante todo o dia. Um abraço diário é como a água para as samambaias. Não a deixe desidratar. Pelo menos uma vez por mês é necessário, senão obrigatório, servir um prato especial.
Flores
Também fazem parte de seu cardápio – mulher que não recebe flores murcha rapidamente e adquire traços masculinos como rispidez e brutalidade.
Respeite a natureza
Você não suporta TPM? Case-se com um homem. Mulheres menstruam, choram por nada, gostam de falar do próprio dia, discutir a relação? Se quiser viver com uma mulher, prepare-se para isso.
Não tolha a sua vaidade
É da mulher hidratar as mechas, pintar as unhas, passar batom, gastar o dia inteiro no salão de beleza, colecionar brincos, comprar muitos sapatos, ficar horas escolhendo roupas no shopping. Entenda tudo isso e apoie.
Cérebro feminino não é um mito
Por insegurança, a maioria dos homens prefere não acreditar na existência do cérebro feminino. Por isso, procuram aquelas que fingem não possuí-lo (e algumas realmente o aposentaram!). Então, aguente mais essa: mulher sem cérebro não é mulher, mas um mero objeto de decoração. Se você se cansou de colecionar bibelôs, tente se relacionar com uma mulher. Algumas vão lhe mostrar que têm mais massa cinzenta do que você. Não fuja dessas, aprenda com elas e cresça. E não se preocupe, ao contrário do que ocorre com os homens, a inteligência não funciona como repelente para as mulheres.
Não faça sombra sobre ela
Se você quiser ser um grande homem tenha uma mulher ao seu lado, nunca atrás. Assim, quando ela brilhar, você vai pegar um bronzeado. Porém, se ela estiver atrás, você vai levar um pé-na-bunda.
Aceite: mulheres também têm luz própria e não dependem de nós para brilhar. O homem sábio alimenta os potenciais da parceira e os utiliza para motivar os próprios. Ele sabe que, preservando e cultivando a mulher, ele estará salvando a si mesmo.
É, meu amigo, se você acha que mulher é caro demais, vire gay.
Só tem mulher quem pode!

Pedras no caminho?

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Categoria: Autores
Pedras no caminho?
Fernando Pessoa

Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá a falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e
se tornar um autor da própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma ..
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um não.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho?

Guardo todas, um dia vou construir um castelo...

Revolução da alma 1

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Categoria: Autores

   Revolução da alma
Gandhi

A não-violência não é uma veste com a qual nos revestimos ou da qual nos despimos a gosto. Tem sua sede no coração e deve fazer parte inseparável de nosso ser.

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